Art Sqool - revisão da versão do Nintendo Switch

Art Sqool - revisão da versão do Nintendo Switch

Lançado no ano passado para PC, Art Sqool é um jogo independente nascido da mente de Julian Glander, que queria criar um título baseado na arte e na criatividade, um trabalho que pede ao jogador para explorar algumas indicações e materiais de que dispõe para criar designs que atendem às solicitações. Já que as pinturas são a base da jogabilidade, a tela de toque do Nintendo Switch poderia ter sido uma excelente adição, porém a portabilidade para o console híbrido de que falaremos hoje não surge muito nesse sentido, mesmo que este seja certamente o último dos os problemas dele.



Exploração artística

Em Art Sqool, interpretamos Froshmin, um bom personagem lutando com uma escola de arte muito particular. Desde o início, o professor maluco nos dará tarefas para fazer, isto é, indicações mais ou menos vagas sobre algo para pintar. Exceto em alguns casos, esses pedidos não são tão triviais e tentam forçar a criatividade do jogador, que também é alimentada pelo mundo do jogo que estamos explorando.

Art Sqool - revisão da versão do Nintendo Switch

Exploração, além do desenho, é na verdade um dos pontos principais do trabalho. Dentro do mundo particular criado por Julian Glander, vários "materiais" estão espalhados, como cores ou estilos de pintura. Quanto mais encontrarmos, maiores serão as possibilidades criativas quando formos projetar. Por exemplo, existem pincéis finos ou grossos, mas também efeitos de arco-íris, adesivos e a capacidade de inserir palavras em caracteres digitais. Embora os lugares e as estruturas, dependendo do gosto do usuário, possam ainda ser originais e sugestivos, o verdadeiro problema é a busca pelos objetos em si. Se nos primeiros momentos pode ser relaxante vaguear neste tipo de sandbox, também devido a algum acompanhamento sonoro, depois de um curto espaço de tempo tudo se torna extremamente enfadonho e desinteressante, também pelos tediosos controles com os quais moveremos nosso protagonista. A busca por materiais torna-se, portanto, parte de uma exploração que infelizmente não é muito envolvente.



Porém, a exploração do mundo não é o único problema do título, que mesmo na sua fase ligada ao desenho não brilha por diversos motivos. Um deles é sobre conveniência; pintar no switch, apesar da tela sensível ao toque, não é muito confortável, e é menos ainda usando o manípulo direito do console. A própria interface também é deselegante e não deixa o jogador à vontade. Há também um problema, que não sabemos se envolve também a versão PC do jogo, relacionado com o alargamento do bloco de desenho. Este último pode de fato ser colocado em tela cheia para uma maior acessibilidade (teórica), porém neste caso o desenho é praticamente impossível devido a uma grande imprecisão dos comandos.

Art Sqool - revisão da versão do Nintendo Switch

Outra grande falha do jogo são as avaliações do estranho professor encarregado de nos dar as tarefas a cumprir. Os votos que ele atribuiu são, na verdade, completamente aleatórios. Não importa se desenhamos uma obra-prima ou se fazemos um rabisco, se respeitamos o seu pedido ou se retratamos o que queremos, em todo caso o grau que obteremos não dependerá de tudo isso. O resultado é, portanto, uma experiência de jogo como um fim em si mesmo, que não emociona nem no seu componente principal nem no exploratório. Mesmo tecnicamente, o título mostra algumas lacunas. Na verdade, pode acontecer que a câmera fique presa enquanto desenhamos, forçando-nos a mudar para o modo exploratório para desbloqueá-la. Outras vezes pode acontecer que o próprio personagem fique preso em alguma estrutura, obrigando-nos a reiniciar o jogo. Este último fato, mesmo considerando a pouca longevidade da obra, ainda é algo muito raro e certamente não é um problema a ser levado muito em conta.


A ideia de uma escola de arte particular e imaginativa, imersa em um mundo imaginativo e criativo, é basicamente boa. Lugares bizarros e coloridos como os presentes em Art Sqool, talvez mais expandidos e evoluídos e acompanhados por um bom nível de design, podem ser perfeitos para motivar o jogador a criar designs engenhosos. Portanto, é uma pena que o título não tenha criado estruturas e mecânicas de jogo envolventes em torno do conceito básico, pelo contrário, resultando numa experiência que, dada a sua incompletude e os seus defeitos, nada deixa a quem nela se imerge.


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